Por Solange Viana
Feliz ano novo. Para quem conhece a cultura judaica, ou a Kabbalah, sabe que desde o escurecer de domingo, 29, até o anoitecer de amanhã, terça, 01 de outubro, é considerado o novo ano judaico, onde teremos esta fenda maravilhosa de 48h para agradecermos o ano que findou, meditarmos, compartilharmos e plantarmos para o próximo ano. O ano, que segundo os cabalistas, entraremos em 5780. Então, primeiramente, desejo a você, querido leitor/ra, um ano novo incrível, repleto de saúde, abundância, amor, que seja doce com muito mel. Vamos lá!
A cada semana, um participante do Transition Towns Granja Viana, irá contar uma história, uma experiência, enfim, dividir com você o que fazemos, o que pensamos, e o que nos move a buscar soluções para o nosso entorno. Hoje, por feliz coincidência do destino, sou eu a escolhida.
Nesta data auspiciosa, confesso que pensei em milhões de temas para abordar, já que juntas já realizamos diversas ações, mas vou me concentrar o que me fez ser tão apaixonada por este grupo tão unido e atuante.
É com enorme prazer que escrevo este texto, pois me sinto imensamente honrada em poder participar deste grupo que só acrescenta a cada dia, mais e mais a minha vida. A cada dia vamos criando laços que vão se emaranhando e se entrelaçando a vida de cada uma e um, das nossas tranças. E juntas e juntos vamos tecendo a nossa rede, em uma conexão que me dá um orgulho danado em participar, em ser uma semente, pois é isso que somos, sementes.
Então, me sento com profunda reverência e gratidão, aproveitando o momento propício, para agradecer e contar um pouco a minha experiência com esta transição maravilhosa.
Um grupo formado por mulheres poderosas, e um rapaz, por enquanto, que consegue atuar e ouvir a gente. Nossos encontros são todas as segundas, e confesso, é um tremendo banho de energia.
Já fizemos mutirões, de catação de lixos ( sim a gente cata lixo na rua!) a plantação de árvores, como o plantio global. Já conseguimos faixas de pedestres que faltava em alguns locais críticos da nossa Granja, a campanhas massivas contra o uso de canudos, ação essa de grande impacto na região. Campanha contra os plásticos, onde realizamos alguns vídeos dando dicas. Fizemos passeatas, greves, e nosso ultimo caminhar, até o momento, pois estamos preparando outros, foi a greve geral pelo clima, que aconteceu no último dia 20 de setembro.
Que dia! Fomos em 5 do grupo. Um apoiando o outro. Chegamos cedo e lá no vão livre do MASP, esse local histórico, ficamos observando e admirando a incrível mistura de gente, mas com um único objetivo: chamar a atenção para o nosso planeta, que clama por socorro!!!
Aos poucos nós envolvemos, o grupo foi crescendo. Juntas deitamos no chão e demos as mãos. Montamos, com outras pessoas, a palavra AMAZÔNIA.
Nós formamos a letra “O”, o que deixou a gente muito emocionada e feliz de estar fazendo parte da história. A gente ali, deitada no chão, no meio daquele movimento incrível, que acontecia simultaneamente no mundo todo, me deixou feliz. Feliz por estarmos todos juntos por uma causa nobre, e mais feliz ainda de saber que não estou/estamos sozinhas.
Ainda é muito pouco, ou quase nada, mas posso dizer que de semente em semente estamos, juntas/juntos fazendo o nosso trabalho, e eu tenho muito orgulho destas meninas. Tenho orgulho de dividir o meu tempo com elas, planejando, criando, elaborando projetos. Temos várias frentes, e uma que estou amando é a coleta seletiva de bitucas ( uma praga diga-se, até em países civilizados vc enxerga elas no chão). Tenho certeza que iremos realizar muito juntas/juntos ainda.
Ser transição é a minha paixão.
Vem com a gente!! Se você chegou até aqui no texto, obrigada, é super convidado! Vem. Vamos adorar conversar com você.
Um beijo, Solange Viana
Cotia, 30 de setembro de 2019.